Restauração florestal é fundamental para apicultura
Publicado:maio 28, 2007
Evento foi promovido em Gaúcha do Norte pela prefeitura e pela Rede BR-163 + Xingu. Um dos destaques do simpósio foi a participação de oito índios do Parque Indígena do Xingu que apresentaram uma experiência de mais de 10 anos de produção de mel.
A proteção e recuperação da floresta são fundamentais para consolidar a apicultura na Bacia do Xingu no Mato Grosso. Esta foi uma das principais conclusões do I Simpósio de Apicultura da Bacia do Xingu, realizado de 22 a 24 de maio, em Gaúcha do Norte (MT), um dos principais pólos apicultores do nordeste do Mato Grosso. O evento foi promovido pela prefeitura do município e pela Rede BR-163 + Xingu, que tem por objetivo integrar diversas iniciativas socioambientais de agricultura familiar na área de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) no Mato Grosso. A articulação faz parte da campanha ‘Y Ikatu Xing, em defesa das nascentes e matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. Cerca de 50 pessoas de dez municípios participaram do simpósio.
Foram apresentados os quatro projetos da Rede que contam com unidades demonstrativas de apicultura, nos municípios de Guarantã do Norte, Vera, Nova Mutum e Nova Ubiratã. Rodrigo Junqueira, assessor da campanha, apresentou um estudo contratado pelo Instituto Socioambiental (ISA) sobre a viabilidade econômica da cadeia produtiva do mel nesses municípios. O trabalho demonstra que a apicultura apresenta um grande potencial para geração de renda, ao mesmo tempo em que pode ser realizada nas matas ciliares. O estudo sugere a priorização da venda direta, com processamento, embalagem e rotulagem em recipientes pequenos e comercializados pelos próprios agricultores. Assistência técnica contínua também é considerada fundamental para a consolidação da apicultura na região. Acesse o estudo aqui.
Um dos destaques do simpósio foi a participação de oito índios do Parque Indígena do Xingu que apresentaram uma experiência de mais de 10 anos de produção de mel da Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX). Atualmente, a atividade é desenvolvida em 28 aldeias e representa a primeira experiência concreta de mercado dos povos indígenas do Xingu. Ianaculá Kaiabi Suyá, diretor de cultura da ATIX, salientou que ainda existe preconceito na região em relação aos produtos indígenas. O mel dos índios do Xingu é vendido na rede de supermercados Pão de Açúcar, por meio do Programa Caras do Brasil, que vende produtos que demonstrem responsabilidade socioambiental e valorização da cultura local. “Todo mundo deveria deixar as diferenças de lado e trabalhar em grupo”, defendeu Ianaculá.
O simpósio contou ainda com a participação da doutoranda e especialista em apicultura da Universidade Estadual de Maringá, Fabiana Martins Costa Maia. Ela lembrou que o incentivo ao mercado interno, com a garantia de origem e valorização da cultura local, é o grande caminho para o mel oriundo da agricultura familiar. Fabiana se colocou a disposição para apoiar o melhoramento genético das abelhas rainhas da região por meio de programas da Universidade de Maringá. A especialista reforçou que mais importante do que o uso de técnicas sofisticadas de manejo é a presença do pasto apícola. “O importante é reflorestar”.
O simpósio reforça a apicultura como uma das alternativas econômicas da agricultura familiar na Bacia do Xingu no Mato Grosso. Sidnei Bueno, chefe da Diretoria de Agricultura de Gaúcha do Norte, será o animador do tema no âmbito da Rede BR-163+Xingu. Um segundo evento deve ocorrer no ano que vem, com a apresentação do levantamento do potencial de mercado dos municípios com projetos demonstrativos, vislumbrando a organização da produção da região.
Restauração florestal é fundamental para apicultura
Evento foi promovido em Gaúcha do Norte pela prefeitura e pela Rede BR-163 + Xingu. Um dos destaques do simpósio foi a participação de oito índios do Parque Indígena do Xingu que apresentaram uma experiência de mais de 10 anos de produção de mel.
A proteção e recuperação da floresta são fundamentais para consolidar a apicultura na Bacia do Xingu no Mato Grosso. Esta foi uma das principais conclusões do I Simpósio de Apicultura da Bacia do Xingu, realizado de 22 a 24 de maio, em Gaúcha do Norte (MT), um dos principais pólos apicultores do nordeste do Mato Grosso. O evento foi promovido pela prefeitura do município e pela Rede BR-163 + Xingu, que tem por objetivo integrar diversas iniciativas socioambientais de agricultura familiar na área de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) no Mato Grosso. A articulação faz parte da campanha ‘Y Ikatu Xing, em defesa das nascentes e matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. Cerca de 50 pessoas de dez municípios participaram do simpósio.
Foram apresentados os quatro projetos da Rede que contam com unidades demonstrativas de apicultura, nos municípios de Guarantã do Norte, Vera, Nova Mutum e Nova Ubiratã. Rodrigo Junqueira, assessor da campanha, apresentou um estudo contratado pelo Instituto Socioambiental (ISA) sobre a viabilidade econômica da cadeia produtiva do mel nesses municípios. O trabalho demonstra que a apicultura apresenta um grande potencial para geração de renda, ao mesmo tempo em que pode ser realizada nas matas ciliares. O estudo sugere a priorização da venda direta, com processamento, embalagem e rotulagem em recipientes pequenos e comercializados pelos próprios agricultores. Assistência técnica contínua também é considerada fundamental para a consolidação da apicultura na região. Acesse o estudo aqui.
Um dos destaques do simpósio foi a participação de oito índios do Parque Indígena do Xingu que apresentaram uma experiência de mais de 10 anos de produção de mel da Associação Terra Indígena do Xingu (ATIX). Atualmente, a atividade é desenvolvida em 28 aldeias e representa a primeira experiência concreta de mercado dos povos indígenas do Xingu. Ianaculá Kaiabi Suyá, diretor de cultura da ATIX, salientou que ainda existe preconceito na região em relação aos produtos indígenas. O mel dos índios do Xingu é vendido na rede de supermercados Pão de Açúcar, por meio do Programa Caras do Brasil, que vende produtos que demonstrem responsabilidade socioambiental e valorização da cultura local. “Todo mundo deveria deixar as diferenças de lado e trabalhar em grupo”, defendeu Ianaculá.
O simpósio contou ainda com a participação da doutoranda e especialista em apicultura da Universidade Estadual de Maringá, Fabiana Martins Costa Maia. Ela lembrou que o incentivo ao mercado interno, com a garantia de origem e valorização da cultura local, é o grande caminho para o mel oriundo da agricultura familiar. Fabiana se colocou a disposição para apoiar o melhoramento genético das abelhas rainhas da região por meio de programas da Universidade de Maringá. A especialista reforçou que mais importante do que o uso de técnicas sofisticadas de manejo é a presença do pasto apícola. “O importante é reflorestar”.
O simpósio reforça a apicultura como uma das alternativas econômicas da agricultura familiar na Bacia do Xingu no Mato Grosso. Sidnei Bueno, chefe da Diretoria de Agricultura de Gaúcha do Norte, será o animador do tema no âmbito da Rede BR-163+Xingu. Um segundo evento deve ocorrer no ano que vem, com a apresentação do levantamento do potencial de mercado dos municípios com projetos demonstrativos, vislumbrando a organização da produção da região.