Mutirão de reflorestamento reúne mais de 200 pessoas em Canarana
Publicado:março 17, 2008
Objetivo da atividade foi tentar recuperar uma das nascentes do Rio Sete de Setembro. Trabalho de pesquisa e recuperação sobre o rio desenvolvido pela escola Elídio Corbari, que participou da ação e é uma das parceiras mais ativas da campanha ‘Y Ikatu Xingu, será apresentado em feira de ciências em Brasília, em abril.
Oswaldo Braga de Souza, do ISA.
Na quarta-feira dia 12 de março, um mutirão de plantio florestal promovido pela campanha ‘Y Ikatu Xingu na comunidade do Garapu II, em Canarana, reuniu mais de 200 pessoas, entre estudantes, professores, moradores, técnicos e representantes de organizações da sociedade civil. O objetivo: plantar árvores para garantir a sobrevivência de uma das nascentes do Rio Sete de Setembro, um dos afluentes do Xingu. Pouco abaixo da nascente, cerca de 400 metros quadrados receberam mais de 200 mudas e 10 quilos de sementes de 23 espécies nativas.
Representantes da comunidade escolar, Prefeitura, Câmara de Vereadores de Canarana, além de organizações da sociedade civil que atuam em toda a Bacia do Xingu no Mato Grosso e fazem parte da campanha ‘Y Ikatu Xingu, participaram da mobilização. Foto: Heitor Alexandre
Além da escola Elídio Corbari, sediada na localidade, participaram da iniciativa alunos e educadores das escolas Coronel Vanick, Norberto Schwantes e Colégio Minas. Também estiveram presentes representantes do Instituto Centro de Vida (ICV), do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD), do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde e do Instituto Socioambiental (ISA), todos integrantes da campanha ‘Y Ikatu Xingu, de proteção e recuperação das nascentes e matas de beira de rio do Xingu no Mato Grosso.
Professores e estudantes de mais três escolas, além da Elídio Corbari, engajaram-se na iniciativa. Foto: Heitor Alexandre
“Meu objetivo é recuperar a nascente totalmente, um trecho de cerca de dois hectares, para que daqui seis, sete anos, ela continue vertendo água mesmo durante a seca, o que não acontece hoje por falta de matas ao seu redor”, explica Clóvis Fiorentin, dono da propriedade onde foi realizado o plantio. O pecuarista espera que, depois disso, possa voltar a usar o curso de água para sedentação dos animais e irrigação. Ele julga que a participação das escolas é fundamental para divulgar a necessidade de preservar as matas ciliares. “Cada árvore que plantamos é um gol que estamos marcando e quem comemora é a natureza. Quem veste esta camisa, pode ter certeza que estará com a vitória”, afirmou, apontando para a camiseta que estava vestindo da campanha ‘Y Ikatu Xingu.
Clóvis Fiorentin (à esquerda) resolveu recuperar a nascente de sua propriedade, que já estava degradada quando ele a comprou, assim que ficou sabendo da campanha ‘Y Ikatu Xingu por atividades desenvolvidas na escola Elídio Corbari. Foto: Oswaldo Braga de Souza/ISA
A Elídio Corbari é uma das mais ativas parceiras da mobilização. Antes e depois do mutirão, os participantes ouviram falas e uma pequena palestra sobre técnicas de plantio florestal e as ações que vêm sendo desenvolvidas pela escola dentro da campanha. Após recolher mais de 100 quilos de sementes de espécies nativas no ano passado, a instituição de ensino está montando um viveiro com capacidade para produzir cinco mil mudas por ano que vai fornecer matéria-prima para novos mutirões. Em 2006, professores e alunos organizaram uma expedição pelo Rio Sete de Setembro para fazer um diagnóstico ambiental de suas margens, descobrir e recuperar suas nascentes. A pesquisa acabou classificando-se entre as seis melhores na I Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, em outubro do ano passado, em Cuiabá. Entre os dias 15 e 17 de abril, o trabalho vai representar Canarana na II Feira Nacional de Ciências e Educação Básica (FENACEB), em Brasília.
A diretora Rosane Nair com as primeiras mudas nascidas na escola. “Nossa intenção é fazer novos plantios em novas áreas contando com o apoio dos proprietários e das organizações da campanha”.
“Queremos que nossos alunos cresçam com uma visão diferente do meio ambiente. Não basta apenas falar em sala de aula e ler nos livros. É preciso colocar em prática e sentir o problema”, lembra a diretora da escola, Rosane Nair Cairan. Ela explica que outros proprietários também estão interessados em recuperar suas nascentes e a escola vai realizar novos plantios sempre que for possível. O viveiro que está sendo implantado no local será mantido por alunos e funcionários e usado pelos professores para discutir a questão ambiental em diversas disciplinas. “As alterações no planeta estão aí. Hoje, a questão ambiental é gritante. Não podemos esperar que o outro faça. A pressa deve ser nossa. Vamos seguir nesse trabalho”
Mais de duzentas pessoas foram até o Garapu II para garantir a sobrevivência de uma única nascente do Rio Xingu. Foto: Heitor Alexandre
A escola Elídio Corbari entrou na campanha ‘Y Ikatu Xingu durante o “Festival de Sementes” promovido em Canarana pelo grupo de agentes socioambientais formados pela mobilização, em 2006. Depois do diagnóstico do Rio Sete de Setembro, a associação de pais e alunos e alguns proprietários locais elaboraram e conseguiram aprovar, no ano passado, um projeto no Fundo Xingu para Iniciativas de Restauração Florestal, Agroflorestal e Educação Ambiental na Bacia do Xingu (MT), parceria da campanha com a empresa de seguros Icatu Hartford. O projeto está permitindo a continuidade das ações de recuperação florestal e educação ambiental desenvolvidas pela escola (saiba mais).
Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos participaram da atividade com entusiasmo. Foto: Heitor Alexandre
O mutirão realizado no Garapu II no dia 12 também faz parte da parceria formada entre a campanha ‘Y Ikatu Xingu e a rede de ensino de idiomas Yázigi. Até junho deste ano, as escolas Yázigi desenvolverão atividades pedagógicas, oficinas de reciclagem, bazares e peças de teatro, entre outros, com o objetivo de alertar e conscientizar alunos, professores e comunidades de cidades por todo o Brasil sobre a questão do aquecimento global, do desmatamento e do problema da degradação das cabeceiras do Rio Xingu. As atividades também servirão para arrecadar fundos para o plantio de árvores em nascentes e matas ciliares da região (confira).
A Elídio Corbari é uma das parceiras mais ativas da campanha. Placa indicativa de que a instituição faz parte da mobilização foi colocada na frente da escola no dia do plantio.
Mutirão de reflorestamento reúne mais de 200 pessoas em Canarana
Objetivo da atividade foi tentar recuperar uma das nascentes do Rio Sete de Setembro. Trabalho de pesquisa e recuperação sobre o rio desenvolvido pela escola Elídio Corbari, que participou da ação e é uma das parceiras mais ativas da campanha ‘Y Ikatu Xingu, será apresentado em feira de ciências em Brasília, em abril.
Oswaldo Braga de Souza, do ISA.
Na quarta-feira dia 12 de março, um mutirão de plantio florestal promovido pela campanha ‘Y Ikatu Xingu na comunidade do Garapu II, em Canarana, reuniu mais de 200 pessoas, entre estudantes, professores, moradores, técnicos e representantes de organizações da sociedade civil. O objetivo: plantar árvores para garantir a sobrevivência de uma das nascentes do Rio Sete de Setembro, um dos afluentes do Xingu. Pouco abaixo da nascente, cerca de 400 metros quadrados receberam mais de 200 mudas e 10 quilos de sementes de 23 espécies nativas.
Representantes da comunidade escolar, Prefeitura, Câmara de Vereadores de Canarana, além de organizações da sociedade civil que atuam em toda a Bacia do Xingu no Mato Grosso e fazem parte da campanha ‘Y Ikatu Xingu, participaram da mobilização. Foto: Heitor Alexandre
Além da escola Elídio Corbari, sediada na localidade, participaram da iniciativa alunos e educadores das escolas Coronel Vanick, Norberto Schwantes e Colégio Minas. Também estiveram presentes representantes do Instituto Centro de Vida (ICV), do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD), do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde e do Instituto Socioambiental (ISA), todos integrantes da campanha ‘Y Ikatu Xingu, de proteção e recuperação das nascentes e matas de beira de rio do Xingu no Mato Grosso.
Professores e estudantes de mais três escolas, além da Elídio Corbari, engajaram-se na iniciativa. Foto: Heitor Alexandre
“Meu objetivo é recuperar a nascente totalmente, um trecho de cerca de dois hectares, para que daqui seis, sete anos, ela continue vertendo água mesmo durante a seca, o que não acontece hoje por falta de matas ao seu redor”, explica Clóvis Fiorentin, dono da propriedade onde foi realizado o plantio. O pecuarista espera que, depois disso, possa voltar a usar o curso de água para sedentação dos animais e irrigação. Ele julga que a participação das escolas é fundamental para divulgar a necessidade de preservar as matas ciliares. “Cada árvore que plantamos é um gol que estamos marcando e quem comemora é a natureza. Quem veste esta camisa, pode ter certeza que estará com a vitória”, afirmou, apontando para a camiseta que estava vestindo da campanha ‘Y Ikatu Xingu.
Clóvis Fiorentin (à esquerda) resolveu recuperar a nascente de sua propriedade, que já estava degradada quando ele a comprou, assim que ficou sabendo da campanha ‘Y Ikatu Xingu por atividades desenvolvidas na escola Elídio Corbari. Foto: Oswaldo Braga de Souza/ISA
A Elídio Corbari é uma das mais ativas parceiras da mobilização. Antes e depois do mutirão, os participantes ouviram falas e uma pequena palestra sobre técnicas de plantio florestal e as ações que vêm sendo desenvolvidas pela escola dentro da campanha. Após recolher mais de 100 quilos de sementes de espécies nativas no ano passado, a instituição de ensino está montando um viveiro com capacidade para produzir cinco mil mudas por ano que vai fornecer matéria-prima para novos mutirões. Em 2006, professores e alunos organizaram uma expedição pelo Rio Sete de Setembro para fazer um diagnóstico ambiental de suas margens, descobrir e recuperar suas nascentes. A pesquisa acabou classificando-se entre as seis melhores na I Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, em outubro do ano passado, em Cuiabá. Entre os dias 15 e 17 de abril, o trabalho vai representar Canarana na II Feira Nacional de Ciências e Educação Básica (FENACEB), em Brasília.
A diretora Rosane Nair com as primeiras mudas nascidas na escola. “Nossa intenção é fazer novos plantios em novas áreas contando com o apoio dos proprietários e das organizações da campanha”.
“Queremos que nossos alunos cresçam com uma visão diferente do meio ambiente. Não basta apenas falar em sala de aula e ler nos livros. É preciso colocar em prática e sentir o problema”, lembra a diretora da escola, Rosane Nair Cairan. Ela explica que outros proprietários também estão interessados em recuperar suas nascentes e a escola vai realizar novos plantios sempre que for possível. O viveiro que está sendo implantado no local será mantido por alunos e funcionários e usado pelos professores para discutir a questão ambiental em diversas disciplinas. “As alterações no planeta estão aí. Hoje, a questão ambiental é gritante. Não podemos esperar que o outro faça. A pressa deve ser nossa. Vamos seguir nesse trabalho”
Mais de duzentas pessoas foram até o Garapu II para garantir a sobrevivência de uma única nascente do Rio Xingu. Foto: Heitor Alexandre
A escola Elídio Corbari entrou na campanha ‘Y Ikatu Xingu durante o “Festival de Sementes” promovido em Canarana pelo grupo de agentes socioambientais formados pela mobilização, em 2006. Depois do diagnóstico do Rio Sete de Setembro, a associação de pais e alunos e alguns proprietários locais elaboraram e conseguiram aprovar, no ano passado, um projeto no Fundo Xingu para Iniciativas de Restauração Florestal, Agroflorestal e Educação Ambiental na Bacia do Xingu (MT), parceria da campanha com a empresa de seguros Icatu Hartford. O projeto está permitindo a continuidade das ações de recuperação florestal e educação ambiental desenvolvidas pela escola (saiba mais).
Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos participaram da atividade com entusiasmo. Foto: Heitor Alexandre
O mutirão realizado no Garapu II no dia 12 também faz parte da parceria formada entre a campanha ‘Y Ikatu Xingu e a rede de ensino de idiomas Yázigi. Até junho deste ano, as escolas Yázigi desenvolverão atividades pedagógicas, oficinas de reciclagem, bazares e peças de teatro, entre outros, com o objetivo de alertar e conscientizar alunos, professores e comunidades de cidades por todo o Brasil sobre a questão do aquecimento global, do desmatamento e do problema da degradação das cabeceiras do Rio Xingu. As atividades também servirão para arrecadar fundos para o plantio de árvores em nascentes e matas ciliares da região (confira).
A Elídio Corbari é uma das parceiras mais ativas da campanha. Placa indicativa de que a instituição faz parte da mobilização foi colocada na frente da escola no dia do plantio.