São José do Xingu (MT) é exemplo de restauração florestal na Amazônia

Doze fazendas de pecuária do município de São José do Xingu (MT) estão trabalhando pela restauração florestal de 200 hectares de APPs (Áreas de Preservação Permanente). Nos últimos meses – período de chuvas – foram plantados 70 quilos de sementes de árvores por hectare. Também foram realizados plantios com mudas a fim de avaliar e comparar métodos diferentes de restauração.

Por Sara Nanni, do ISA

Doze fazendas de pecuária do município de São José do Xingu (MT) estão trabalhando pela restauração florestal de 200 hectares de APPs (Áreas de Preservação Permanente). Nos últimos meses – período de chuvas – foram plantados 70 quilos de sementes de árvores por hectare, numa mistura ou “muvuca” que ainda leva 60 quilos de feijão-de-porco e 10 quilos de feijão-guandu. Essas leguminosas servem para adubar o solo e evitar o crescimento do capim braquiária, favorecendo o crescimento das árvores. Os plantios são apoiados por técnicos do ISA (Instituto Socioambiental), dentro da campanha Y Ikatu Xingu.


Sementes florestais foram lançadas com a máquina vincón

Segundo o técnico do ISA, Cassiano Marmet, o plantio mecanizado, feito com o vincón ou tornado, foi a principal técnica utilizada nas fazendas. Também foram realizados plantios com mudas para avaliar e comparar os diferentes métodos de restauração. Uma área de 70 hectares foi cercada para a regeneração natural, 55 hectares foram destinados ao plantio de mudas e 75 foram semeados de forma mecanizada. “Observamos se a área é capaz de se adaptar à técnica que será aplicada, se ela pode se regenerar sozinha ou se precisa ser reflorestada com o plantio mecanizado de sementes ou mudas”, explica Marmet. O técnico do ISA observa que a principal motivação do fazendeiro para aderir à restauração de APPs é a busca pela certificação socioambiental de seus produtos.

Para Rogério Fiúza, proprietário da Fazenda Riacho Fundo, o plantio mecanizado está gerando bons resultados. “Com essa técnica, aperfeiçoamos o reflorestamento, economizando tempo e mão-de-obra”, conclui Fiúza.

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