Segundo módulo do ASA Manito acontece com práticas agroflorestais em Marcelândia

Curso de Formação de Agentes Socioambientais da Bacia do Rio Manito conta com agricultores e professores engajados na Campanha Y Ikatu Xingu.

Por Augusto Pereira
, do ICV

“Tenho certeza que esse curso vai me trazer várias coisas importantes. Já passamos por dois módulos e a experiência já foi muito grande”, disse Dinho, agricultor familiar assentado no Ena. Ele é um dos 25 participantes do ASA Manito (Curso de Formação de Agentes Socioambientais da bacia do rio Manito). O ASA Manito é uma ação em prol da Campanha Y Ikatu Xingu, que busca conservar as nascentes e matas ciliares da bacia do rio Xingu.

Junto com Dinho (Edeveldo Melek) também participam agricultores representantes de associações, estudantes e professores de municípios que têm áreas dentro da bacia do rio Manito (ou Manissauá-Miçu). A capacitação dos Agentes Socioambientais é voltada para pessoas com algum envolvimento com a Campanha Y Ikatu Xingu, para que o potencial de cada um seja ampliado dentro da ação que já realizam.

Entre os dias 3 e 6 de março, aconteceu o segundo módulo do ASA Manito. O primeiro foi focado na percepção do indivíduo sobre si mesmo, o módulo de março abordou o indivíduo dentro dos grupos. Desenvolver essa percepção ajuda na atuação de mobilizadores, de representantes sociais interessados no bem comum.

José Alesando Rodrigues, do ICV – Instituto Centro de Vida, realizador do evento juntamente com o ISA – Instituto Socioambiental, percebeu um efeito gradativo na percepção de todos. “As atividades com sistemas agroforestais e a percepção do que é ser um agente socioambiental vem aflorando a cada atividade”, diz ele.

Nos dois encontros aconteceram atividades agroflorestais práticas. No primeiro foram plantadas algumas experiência de agrofloresta. Uma delas associando hortaliças com árvores e outra mesclando mandioca com árvores. Nesse segundo módulo, os participantes conferiram o desenvolvimento do que foi plantado em novembro de 2008. A agrofloresta foi manejada, algumas plantas podadas para que outras se desenvolvam e fizeram o reforço da adubação verde. Num segundo momento, os ASA tomaram partes da mata ciliar do rio Manito, em quadrados de dez metros por dez e fizeram o levantamento de espécies que se encontram nessas áreas. Depois os resultados foram apresentados na plenária na Câmara de Vereadores de Marcelândia.

Para Luciana Deluci, do ISA, esse é “um grupo em que mesmos os muitos jovens já tém uma postura voltada à ação, e um grande compromisso com sua comunidade, com isto esperamos que muitos conceitos e práticas com que estamos trabalhando se transformem em importantes iniciativas socioambientais para a sub bacia do Manito”.

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