Índios e assentados rurais numa mesma roda. Foi o que aconteceu durante o intercâmbio agrocultural realizado de 19 a 23 de outubro, no Assentamento Ena, localizado em Feliz Natal, com cerca de 50 agricultores familiares e 20 jovens Ikpeng, cuja aldeia localiza-se no município, na porção situada dentro do Parque Indígena do Xingu.
Foram 5 dias de trocas de experiências em agricultura, meio ambiente, artesanato, culinária e tantos outros conhecimentos próprios de cada cultura. Na última noite aconteceu uma roda de dança e, ao final, a avaliação do encontro ao redor de uma fogueira. Entre os índios, visitantes, o sentimento era o de encontro com irmãos: muitos sorrisos. Já os depoimentos dos assentados traduziram a felicidade de poder compartilhar as experiências e aprendizados tão indispensáveis numa região que ainda carece de cuidados.
Fonte: Augusto Pereira
A ideia de reunir os grupos surgiu em 2008, quando indígenas e assentados se encontraram pela primeira vez num evento realizado pela Campanha Y Ikatu Xingu, em Canarana, dentro do Projeto Governança Florestal. O encontro em Canarana foi uma oportunidade de conhecerem-se como vizinhos, já que estão distantes apenas 60km uns dos outros. A identificação entre os Ikpeng e os assentados do Ena, que integram a Rede de Sementes do Xingu, foi tão forte que motivou a mobilização do intercâmbio, promovido, neste mês, pelo ICV (Instituto Centro de Vida) em parceira com o ISA (Instituto Sociambiental), ATIX (Associação Terra Indígena Xingu) e Univida (Grupo de Trabalho União e Vida do Ena).
A Rede de Coletores de Sementes do Xingu tornou-se um mecanismo de popularização das atividades de restauração florestal diretamente integrado à valorização das árvores e seus produtos e do conhecimento popular associado aos temas, que a Campanha Y Ikatu Xingu vem promovendo em diversos municípios. A rede tem dezenas de coletores de sementes, indígenas, viveiristas e agricultores familiares, que começaram a adquirir renda com o mato que mantém em pé. Em 2009, a rede recebeu encomendas que somam 50 toneladas de sementes, de mais de 200 espécies de árvores, arbustos, cipós e leguminosas de adubação verde, consolidando-se como alternativa concreta de geração de renda com base na valorização e manejo sustentável da floresta e do Cerrado.
Ikpeng e Ena compartilham conhecimentos
Índios e assentados rurais numa mesma roda. Foi o que aconteceu durante o intercâmbio agrocultural realizado de 19 a 23 de outubro, no Assentamento Ena, localizado em Feliz Natal, com cerca de 50 agricultores familiares e 20 jovens Ikpeng, cuja aldeia localiza-se no município, na porção situada dentro do Parque Indígena do Xingu.
Foram 5 dias de trocas de experiências em agricultura, meio ambiente, artesanato, culinária e tantos outros conhecimentos próprios de cada cultura. Na última noite aconteceu uma roda de dança e, ao final, a avaliação do encontro ao redor de uma fogueira. Entre os índios, visitantes, o sentimento era o de encontro com irmãos: muitos sorrisos. Já os depoimentos dos assentados traduziram a felicidade de poder compartilhar as experiências e aprendizados tão indispensáveis numa região que ainda carece de cuidados.
Fonte: Augusto Pereira
A ideia de reunir os grupos surgiu em 2008, quando indígenas e assentados se encontraram pela primeira vez num evento realizado pela Campanha Y Ikatu Xingu, em Canarana, dentro do Projeto Governança Florestal. O encontro em Canarana foi uma oportunidade de conhecerem-se como vizinhos, já que estão distantes apenas 60km uns dos outros. A identificação entre os Ikpeng e os assentados do Ena, que integram a Rede de Sementes do Xingu, foi tão forte que motivou a mobilização do intercâmbio, promovido, neste mês, pelo ICV (Instituto Centro de Vida) em parceira com o ISA (Instituto Sociambiental), ATIX (Associação Terra Indígena Xingu) e Univida (Grupo de Trabalho União e Vida do Ena).
A Rede de Coletores de Sementes do Xingu tornou-se um mecanismo de popularização das atividades de restauração florestal diretamente integrado à valorização das árvores e seus produtos e do conhecimento popular associado aos temas, que a Campanha Y Ikatu Xingu vem promovendo em diversos municípios. A rede tem dezenas de coletores de sementes, indígenas, viveiristas e agricultores familiares, que começaram a adquirir renda com o mato que mantém em pé. Em 2009, a rede recebeu encomendas que somam 50 toneladas de sementes, de mais de 200 espécies de árvores, arbustos, cipós e leguminosas de adubação verde, consolidando-se como alternativa concreta de geração de renda com base na valorização e manejo sustentável da floresta e do Cerrado.
Daniela Torezzan da Estação Vida- ICV