Professor inventa máquina que separa a polpa do espinho do pequi

Invenção, já patenteada e em processo de conclusão, tem capacidade para retirar 600 quilos de polpa por dia

Em muitos casos, o espinho do pequi é considerado algo ruim, negativo e sem valor. Mas para o professor aposentado e engenheiro florestal Fernando Carvalho da Silva o descarte da fruta representa uma nova oportunidade de negócio. O conhecimento adquirido ao longo dos seus 40 anos de experiência como engenheiro agrônomo resultou na criação de uma máquina despolpadora. O equipamento retira 60 quilos de polpa por dia. Hoje esse trabalho é feito manualmente.

A máquina despolpadora do fruto já está patenteada e em processo de conclusão para o funcionamento. O invento encontra-se pré-incubado na Universidade de Tocantins (UNITINS) e deve chegar ao mercado em, no máximo, dois anos, garante o professor formado pela Universidade de Viçosa em Minas Gerais e aposentado pela Universidade de Brasília (UnB). “Para mim os espinhos do pequi representam oportunidade de negócio e oportunidade de fazer algo inovador pela sociedade”, afirma o inventor.

O equipamento é uma das inovações apresentadas na feira Ciência para a Vida – VII Exposição de Tecnologia Agropecuária, até 2 de maio, na sede da Embrapa, em Brasília.

Com o uso da máquina, o aproveitamento do pequi é total. Isso porque o equipamento também possibilita que seja extraída a castanha do pequi. Com a polpa da fruta é possível produzir sorvetes, picolés, bolos, entre outros produtos. E ainda o resíduo do caroço é transformado em adubo orgânico, e do óleo faz-se o sabão.

“Atualmente a extração da polpa do pequi é feito manualmente, muitas vezes, sem os devidos cuidados de higiene na manipulação do alimento. Tem também a questão da produtividade. Da forma como é feito hoje, manualmente, são retirados apenas 800 gramas da polpa por dia. Com a máquina, o número sobe para 60 quilos”, explica o professor Fernando.

Segundo a pesquisadora da Universidade de Tocantins, Rosilene Neves, por meio do equipamento será possível a inserção de três novos produtos derivados do pequi, nas prateleiras dos mercados. São eles: licor, farinha e o óleo da castanha do pequi. “A universidade está trabalhando à questão do processamento desses alimentos”, diz.

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