Publicação apresenta cenário socioambiental da Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso
Publicado:março 15, 2011
O rápido processo de ocupação e a expansão agropecuária têm provocado profundas mudanças no cenário da porção mato-grossense da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, região considerada referência da diversidade social e biológica brasileira. Essas mudanças podem ser vistas e analisadas em “Fique por dentro: a Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso”, a segunda publicação da série Cartô Brasil Socioambiental, do Instituto Socioambiental (ISA). Por meio de meio de mapas e textos explicativos, a publicação produzida por ISA e Instituto Centro de Vida (ICV) traz informações georreferenciadas sobre a ação do fogo, do desmatamento e da ocupação territorial na região, entre outras.
A publicação é dividida em duas partes: a primeira traz informações sobre a Bacia do Xingu e a segunda é dedicada às sub-bacias dos rios Suiá-Miçu e Manissauá-Miçu (conhecido como Manito), regiões que foram alvo de quatro anos de estudos e de atuação local do ISA e do ICV, no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu.
Segundo Cristina Velasquez, assessora do Programa Xingu, do ISA, “a publicação pretende dar uma visão geral sobre as informações na Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso, enfocando temas relevantes para o debate sobre o uso e ocupação do solo dessas importantes sub-bacias nos eixos das BRs 158 e 163”. E acrescenta: “Além das informações físicas sobre a região, os leitores poderão encontrar sugestões de ações para o ordenamento territorial, com indicativos de importantes áreas a serem protegidas, especialmente as áreas alagadas”.
São, ao todo, 13 mapas que trazem dados atuais de monitoramento de focos de queimadas, levantamento das Áreas de Preservação Permanente (APPs) desmatadas e a avaliação do impacto das atividades econômicas, além de informações sobre os biomas e vegetações locais e as iniciativas de restauração florestal e adequação socioambiental nas regiões das sub-bacias. A linguagem didática e objetiva faz com que a publicação seja acessível às escolas da região, a gestores públicos, tomadores de decisão e que sirva de instrumento para o desenvolvimento de políticas públicas socioambientais.
Um dos destaques fica para o mapa que traz as iniciativas de restauração florestal nas duas sub-bacias, que ressaltam a quantidade de APPs existentes e os avanços obtidos nos trabalhos de restauração ao longo desses quatro anos. Atualmente, são 341 produtores rurais envolvidos nas iniciativas de restauração florestal ao longo de toda a bacia, além das iniciativas voluntárias.
Consolidação de quatro anos de trabalho
A publicação é resultado do trabalho de mobilização social e reunião técnicas ao longo dos últimos quatro anos pelas organizações parceiras no consórcio “Governança Florestal nas cabeceiras do Rio Xingu em Mato Grosso”, financiado pela Comunidade Européia, que terminou em 2010 e cujo produto contribui para que a população da região tenha mais acesso a informações.
Heber Queiroz, analista de geoprocessamento do ISA e um dos organizadores da publicação, destaca a importância do trabalho. “Contribuir para que gestores públicos consigam compreender a visão territorial através de informação georreferenciada, incorporando essa ferramenta no cotidiano de suas ações, tem sido um desafio para os profissionais de geoprocessamento. Nesta publicação tivemos uma oportunidade de fazer isso acontecer”. Cristina completa: “A proposta da série Cartô Brasil é dar visibilidade diferenciada às informações georreferenciadas, por meio do design gráfico, a fim de facilitar a compreensão do conteúdo, sem perder a qualidade da informação”.
Cartô Brasil
A Cartô Brasil Socioambiental é uma série de publicações cartográficas, aberta a parcerias e sem periodicidade regular, que pretende apresentar um panorama de algumas das principais questões socioambientais da atualidade sob diferentes perspectivas e recortes territoriais. A série traz mapas elaborados em linguagem comunicativa e acessível a públicos variados, em diversos suportes e formatos, e é mais um trabalho que parte da base de dados do ISA mantida desde a sua fundação, em 1994.
A Bacia do Xingu em Mato Grosso
A região das cabeceiras do Xingu, localizada no norte do estado de Mato Grosso, ocupa 17,7 milhões de hectares que abriga 35 municípios e aproximadamente 260 mil habitantes. Estima-se que aproximadamente 300 mil hectares de matas ciliares estejam desmatadas na região, o que afeta diretamente a qualidade e a disponibilidade de água.
‘Y Ikatu Xingu – salve a água boa do Xingu
A Campanha Y Ikatu Xingu é um movimento pela proteção e recuperação das nascentes do Rio Xingu no estado de Mato Grosso. Foi criada em 2004, a partir da união de agricultores familiares, produtores rurais, comunidades indígenas, pesquisadores, organizações governamentais e não governamentais, prefeituras, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Saiba mais: www.yikauxingu.org.br
A publicação Fique por dentro: a Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso foi produzida no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu, através do projeto Governança Florestal nas Cabeceiras do Xingu, financiado pela Comunidade Européia.
Publicação apresenta cenário socioambiental da Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso
O rápido processo de ocupação e a expansão agropecuária têm provocado profundas mudanças no cenário da porção mato-grossense da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, região considerada referência da diversidade social e biológica brasileira. Essas mudanças podem ser vistas e analisadas em “Fique por dentro: a Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso”, a segunda publicação da série Cartô Brasil Socioambiental, do Instituto Socioambiental (ISA). Por meio de meio de mapas e textos explicativos, a publicação produzida por ISA e Instituto Centro de Vida (ICV) traz informações georreferenciadas sobre a ação do fogo, do desmatamento e da ocupação territorial na região, entre outras.
A publicação é dividida em duas partes: a primeira traz informações sobre a Bacia do Xingu e a segunda é dedicada às sub-bacias dos rios Suiá-Miçu e Manissauá-Miçu (conhecido como Manito), regiões que foram alvo de quatro anos de estudos e de atuação local do ISA e do ICV, no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu.
Segundo Cristina Velasquez, assessora do Programa Xingu, do ISA, “a publicação pretende dar uma visão geral sobre as informações na Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso, enfocando temas relevantes para o debate sobre o uso e ocupação do solo dessas importantes sub-bacias nos eixos das BRs 158 e 163”. E acrescenta: “Além das informações físicas sobre a região, os leitores poderão encontrar sugestões de ações para o ordenamento territorial, com indicativos de importantes áreas a serem protegidas, especialmente as áreas alagadas”.
São, ao todo, 13 mapas que trazem dados atuais de monitoramento de focos de queimadas, levantamento das Áreas de Preservação Permanente (APPs) desmatadas e a avaliação do impacto das atividades econômicas, além de informações sobre os biomas e vegetações locais e as iniciativas de restauração florestal e adequação socioambiental nas regiões das sub-bacias. A linguagem didática e objetiva faz com que a publicação seja acessível às escolas da região, a gestores públicos, tomadores de decisão e que sirva de instrumento para o desenvolvimento de políticas públicas socioambientais.
Um dos destaques fica para o mapa que traz as iniciativas de restauração florestal nas duas sub-bacias, que ressaltam a quantidade de APPs existentes e os avanços obtidos nos trabalhos de restauração ao longo desses quatro anos. Atualmente, são 341 produtores rurais envolvidos nas iniciativas de restauração florestal ao longo de toda a bacia, além das iniciativas voluntárias.
Consolidação de quatro anos de trabalho
A publicação é resultado do trabalho de mobilização social e reunião técnicas ao longo dos últimos quatro anos pelas organizações parceiras no consórcio “Governança Florestal nas cabeceiras do Rio Xingu em Mato Grosso”, financiado pela Comunidade Européia, que terminou em 2010 e cujo produto contribui para que a população da região tenha mais acesso a informações.
Heber Queiroz, analista de geoprocessamento do ISA e um dos organizadores da publicação, destaca a importância do trabalho. “Contribuir para que gestores públicos consigam compreender a visão territorial através de informação georreferenciada, incorporando essa ferramenta no cotidiano de suas ações, tem sido um desafio para os profissionais de geoprocessamento. Nesta publicação tivemos uma oportunidade de fazer isso acontecer”. Cristina completa: “A proposta da série Cartô Brasil é dar visibilidade diferenciada às informações georreferenciadas, por meio do design gráfico, a fim de facilitar a compreensão do conteúdo, sem perder a qualidade da informação”.
Cartô Brasil
A Cartô Brasil Socioambiental é uma série de publicações cartográficas, aberta a parcerias e sem periodicidade regular, que pretende apresentar um panorama de algumas das principais questões socioambientais da atualidade sob diferentes perspectivas e recortes territoriais. A série traz mapas elaborados em linguagem comunicativa e acessível a públicos variados, em diversos suportes e formatos, e é mais um trabalho que parte da base de dados do ISA mantida desde a sua fundação, em 1994.
A Bacia do Xingu em Mato Grosso
A região das cabeceiras do Xingu, localizada no norte do estado de Mato Grosso, ocupa 17,7 milhões de hectares que abriga 35 municípios e aproximadamente 260 mil habitantes. Estima-se que aproximadamente 300 mil hectares de matas ciliares estejam desmatadas na região, o que afeta diretamente a qualidade e a disponibilidade de água.
‘Y Ikatu Xingu – salve a água boa do Xingu
A Campanha Y Ikatu Xingu é um movimento pela proteção e recuperação das nascentes do Rio Xingu no estado de Mato Grosso. Foi criada em 2004, a partir da união de agricultores familiares, produtores rurais, comunidades indígenas, pesquisadores, organizações governamentais e não governamentais, prefeituras, movimentos sociais e organizações da sociedade civil. Saiba mais: www.yikauxingu.org.br
A publicação Fique por dentro: a Bacia do Rio Xingu em Mato Grosso foi produzida no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu, através do projeto Governança Florestal nas Cabeceiras do Xingu, financiado pela Comunidade Européia.