Iniciativas de educação ambiental ganham espaço na agenda política de Mato Grosso
Publicado:abril 3, 2012
Parceiros da Campanha Y Ikatu Xingu apresentam seus trabalham em educação agroflorestal nas escolas de Mato Grosso em evento realizado em Ribeirão Cascalheira.
Por Christiane Peres, ISA
Dividir experiências educacionais voltadas à sensibilização ambiental, além de promover um debate com a sociedade sobre degradação e o papel da escola nesse contexto foi a proposta da 5ª Mostra de Educação Ambiental, realizada em Ribeirão Cascalheira (MT), entre os dias 21 e 24 de março. Educadores parceiros do ISA compartilharam suas experiências no trabalho realizado no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu.
Horta Mandalla: sistema de produção em canteiros circulares para melhor aproveitamento da água e do solo.
Além de mostrar uma parte do trabalho de sensibilização por meio do plantio de agroflorestas nas escolas de Canarana (MT) e região, o ISA esteve representado por meio dos trabalhos de seus parceiros, como a Escola Municipal Bela Vista, de Água Boa, que apresentou a Horta Mandalla, um sistema de produção em canteiros circulares, desenvolvido em parceria com a comunidade escolar para melhor aproveitamento da água e do solo, possibilitando produtividade de hortaliças, frutíferas e árvores. “Além de produzir parte do alimento consumido na merenda escolar estimulamos os alunos a pesquisar formas de produção sustentável para capacitá-los para o manejo e cultivo de alimentos de forma econômica e ecologicamente correta”, diz a professora Deyse Faria.
Já a professora Maria Aparecida de Souza, da Escola Municipal Professora Maria do Socorro, de Ribeirão Cascalheira, falou da vivência do Encontro Itinerante de Educação, realizado no fim do ano passado pelo ISA. A ideia foi reunir boas experiências em educação na área socioambiental tanto em áreas urbanas quanto rurais, evidenciando iniciativas próprias dos educadores por meio da troca de experiências e da visita em campo aos projetos desenvolvidos. O encontro também encerrava um ciclo do trabalho mais atuante do ISA na região do Xingu neste campo, e propiciou a formação de uma rede de educação ativa, motivada e inovadora.
No início da Campanha Y Ikatu Xingu, a educação agroflorestal foi um dos pilares estratégicos do trabalho. Em cinco anos, várias atividades foram desenvolvidas como a formação de agentes socioambientais do Xingu, a construção de uma agenda socioambiental com as escolas de Canarana (MT), entre outras. A ideia era – e ainda é – utilizar a educação agroflorestal como instrumento pedagógico pelas escolas e nos processos de formação de lideranças sociais que atuam em organizações parceiras da campanha. Dentro dessa linha, foram desenvolvidas diversas iniciativas que envolveram a rede pública de ensino, prefeituras, comunidades indígenas e outros setores sociais, como os festivais de sementes, em que estudantes se engajaram na coleta de sementes nativas do cerrado e da floresta, que são usadas nos trabalhos de restauração florestal realizados no âmbito da campanha.
Ampliando o debate
Além de professores da região e da comunidade local, participaram da mostra professores da UFMT e representante do poder público local.
Num momento em que se está discutindo propostas para a revisão da Lei da Educação Ambiental de Mato Grosso, apresentar iniciativas como estas é uma forma de contribuir para a ampliação desse debate. “Eventos como este realizado em Ribeirão Cascalheira são espaços importantes para o debate da ação social e política que a educação possibilita. Ao mostrá-las, passam a servir de exemplo para que outros atores repliquem essas iniciativas valorizando seu potencial e ganhando espaço em debates mais amplos”, destaca Cristina Velasquez, do ISA. Além de professores da região e da comunidade local, participaram da mostra professores da Universidade Federal de Mato Grosso e a secretária municipal de educação, Maria da Conceição Nunes.
Outro exemplo da repercussão dessas iniciativas é a apresentação de trabalhos de conscientização ambiental desenvolvidos por quatro escolas de Mato Grosso na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que irá reunir em junho deste ano, no Rio de Janeiro, líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. Alguns professores da Escola Estadual Antônio Gomes Pinto, de São José do Xingu (MT) – uma das selecionadas para apresentar seu trabalho no evento –, fizeram parte dos cursos de formação de agentes socioambientais promovidos pelo ISA e passaram a estimular e apoiar as atividades ligadas à preservação e conscientização ambiental na escola.
Iniciativas de educação ambiental ganham espaço na agenda política de Mato Grosso
Parceiros da Campanha Y Ikatu Xingu apresentam seus trabalham em educação agroflorestal nas escolas de Mato Grosso em evento realizado em Ribeirão Cascalheira.
Por Christiane Peres, ISA
Dividir experiências educacionais voltadas à sensibilização ambiental, além de promover um debate com a sociedade sobre degradação e o papel da escola nesse contexto foi a proposta da 5ª Mostra de Educação Ambiental, realizada em Ribeirão Cascalheira (MT), entre os dias 21 e 24 de março. Educadores parceiros do ISA compartilharam suas experiências no trabalho realizado no âmbito da Campanha Y Ikatu Xingu.
Horta Mandalla: sistema de produção em canteiros circulares para melhor aproveitamento da água e do solo.
Já a professora Maria Aparecida de Souza, da Escola Municipal Professora Maria do Socorro, de Ribeirão Cascalheira, falou da vivência do Encontro Itinerante de Educação, realizado no fim do ano passado pelo ISA. A ideia foi reunir boas experiências em educação na área socioambiental tanto em áreas urbanas quanto rurais, evidenciando iniciativas próprias dos educadores por meio da troca de experiências e da visita em campo aos projetos desenvolvidos. O encontro também encerrava um ciclo do trabalho mais atuante do ISA na região do Xingu neste campo, e propiciou a formação de uma rede de educação ativa, motivada e inovadora.
No início da Campanha Y Ikatu Xingu, a educação agroflorestal foi um dos pilares estratégicos do trabalho. Em cinco anos, várias atividades foram desenvolvidas como a formação de agentes socioambientais do Xingu, a construção de uma agenda socioambiental com as escolas de Canarana (MT), entre outras. A ideia era – e ainda é – utilizar a educação agroflorestal como instrumento pedagógico pelas escolas e nos processos de formação de lideranças sociais que atuam em organizações parceiras da campanha. Dentro dessa linha, foram desenvolvidas diversas iniciativas que envolveram a rede pública de ensino, prefeituras, comunidades indígenas e outros setores sociais, como os festivais de sementes, em que estudantes se engajaram na coleta de sementes nativas do cerrado e da floresta, que são usadas nos trabalhos de restauração florestal realizados no âmbito da campanha.
Ampliando o debate
Além de professores da região e da comunidade local, participaram da mostra professores da UFMT e representante do poder público local.
Outro exemplo da repercussão dessas iniciativas é a apresentação de trabalhos de conscientização ambiental desenvolvidos por quatro escolas de Mato Grosso na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que irá reunir em junho deste ano, no Rio de Janeiro, líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. Alguns professores da Escola Estadual Antônio Gomes Pinto, de São José do Xingu (MT) – uma das selecionadas para apresentar seu trabalho no evento –, fizeram parte dos cursos de formação de agentes socioambientais promovidos pelo ISA e passaram a estimular e apoiar as atividades ligadas à preservação e conscientização ambiental na escola.